Gosto de espaços que não têm outra função a não ser a de criar uma conversa sagrada. Um espaço sagrado é um convite. Criar um altar neste espaço é como passar por cima de um banco de jardim e dar palmadinhas no assento ao nosso lado. São os braços abertos. É a recepção. Está a dizer: “Senta-te comigo”. Eu quero a vossa presença. Juntem-se a mim. Eu honro-vos”. É um reconhecimento de que há algo maior nas nossas vidas, e nós dançamos com ele, esse grande “o que quer que seja”. É um lembrete de que a vida é mais do que a lista de mercearia e as roupas que precisam de ser dobradas e a revisão anual. Com um altar, convidamos o mistério. Mas primeiro, precisamos do porquê.