Moloch, também soletrado Molech, uma divindade cananéia associada em fontes bíblicas com a prática do sacrifício infantil. O nome deriva da combinação das consoantes do meleque hebraico (“rei”) com as vogais do boshet (“vergonha”), sendo este último frequentemente usado no Antigo Testamento como nome variante do deus popular Baal (“Senhor”).
Na Bíblia hebraica, Moloch é apresentado como uma divindade estrangeira a quem foi por vezeslegitimamente dado um lugar no culto de Israel como resultado das políticas sincretistas de certos reis apóstatas. As leis dadas a Moisés por Deus proibiram expressamente os judeus de fazer o que foi feito no Egipto ou em Canaã. “Não dareis a nenhum dos vossos filhos para os devotar por fogo a Moloch, e assim profanar o nome do vosso Deus” (Levítico 18,21). No entanto, reis como Acaz (2 Reis 16:3) e Manassés (2 Reis 21:6), tendo sido influenciados pelos assírios, são relatados como tendo venerado Moloque no monte de Topheth, fora das muralhas de Jerusalém. Este local floresceu sob o rei Amon, filho de Manassés, mas foi destruído durante o reinado de Josias, o reformador. “E ele profanou Topheth, que está no vale dos filhos de Hinom, para que ninguém queimasse o seu filho ou a sua filha como oferta a Moloque” (2 Reis 23:10).