Didáctica é uma teoria do ensino, e num sentido mais amplo, uma teoria e aplicação prática do ensino e da aprendizagem. Na demarcação da “matemática” (a ciência da aprendizagem), a didáctica refere-se apenas à ciência do ensino.
Esta teoria pode ser contrastada com a aprendizagem aberta, também conhecida como aprendizagem experimental, na qual as pessoas podem aprender sozinhas, de uma forma não estruturada, sobre tópicos de interesse.
A teoria dos métodos didácticos de aprendizagem centra-se nos conhecimentos de base que os estudantes possuem e procura melhorar e transmitir esta informação. Também se refere ao fundamento ou ponto de partida num plano de aula, onde o objectivo global é o conhecimento. Um professor ou educador funciona neste papel como uma figura de autoridade, mas também como um guia e um recurso para os estudantes.
Didáctica ou o método didáctico têm conotações diferentes na Europa continental e nos países de língua inglesa. Por exemplo, na tradição anglo-saxónica, o dicionário de Oxford define a didáctica como uma instrução particularmente moral. Em seguida, o método didáctico ainda tem o significado original de ensinar conteúdos morais, e está portanto associado a pontos de vista desfavoráveis que se opõem aos ensinamentos de uma verdadeira arte ou ciência. O didactismo foi de facto a origem cultural do método didáctico, mas refere-se no seu contexto restrito geralmente pejorativamente ao uso da linguagem para um fim doutrinário. A interpretação destas opiniões opostas é teorizada como sendo o resultado de um desenvolvimento cultural diferencial no século XIX, quando a Grã-Bretanha e as suas antigas colónias passaram por uma renovação e um maior distanciamento cultural da Europa continental. Foi particularmente o aparecimento posterior do Romantismo e do Estheticismo no mundo anglo-saxão que ofereceu estas visões negativas e limitadoras do método didáctico. Por outro lado, na Europa continental, esses aspectos moralizantes da didáctica foram removidos mais cedo por representantes culturais da era da iluminação, como Voltaire, Rousseau, e mais tarde relacionados especificamente com o ensino por Johann Heinrich Pestalozzi.
As consequências destas diferenças culturais criaram então duas tradições didácticas principais: A tradição anglo-saxónica dos estudos curriculares, por um lado, e a tradição continental e norte-europeia da didáctica, por outro. Ainda hoje, a ciência da didáctica tem muito menos peso em grande parte do mundo anglófono.
Com o advento da globalização no início do século XX, no entanto, os argumentos a favor destes aspectos filosóficos relativos nos métodos de ensino começaram a diminuir um pouco. É portanto possível classificar a didáctica e a pedagogia como uma teoria analítica geral em três níveis: