Prof. Qi e colegas propuseram-se a investigar como o uso de antibióticos em diferentes momentos da vida adulta, e por diferentes durações, pode estar relacionado com o risco de morte.
Estudaram dados sobre o uso de antibióticos de 37.510 mulheres, com 60 anos ou mais, em 2004-2012. Os participantes não tinham doenças cardíacas ou cancro no início do estudo.
Os investigadores descobriram que a toma de antibióticos durante pelo menos 2 meses no final da idade adulta estava ligada a um aumento de 27% no risco de morte por todas as causas, em comparação com a não toma de antibióticos.
Esta ligação foi mais forte para as mulheres que também relataram ter tomado antibióticos durante a meia idade adulta, ou entre os 40 e 59 anos de idade.
As mulheres que tomaram antibióticos durante 2 meses ou mais também apresentavam um risco de morte 58 por cento mais elevado devido a problemas cardíacos, em comparação com as mulheres que não tomaram antibióticos. Contudo, a equipa do Prof. Qi não encontrou qualquer associação entre o uso de antibióticos e o risco de morte por cancro.
Os investigadores descobriram que estas associações ainda eram fortes mesmo quando factores como o estilo de vida, dieta, obesidade, e uso de outros medicamentos eram tidos em conta.
Prof. Qi e colegas salientam que a sua investigação não identifica se os antibióticos contribuem para a causa de morte – apenas que existe uma associação entre o uso de antibióticos a longo prazo e o risco de morte.
Como conclui o Prof. Qi, “Estes resultados, contudo, contribuem para uma melhor compreensão dos factores de risco de morte por todas as causas e cardiovascular”.
“Temos agora boas provas de que as pessoas que tomam antibióticos por longos períodos durante a idade adulta podem ser um grupo de alto risco a visar a modificação dos factores de risco para prevenir doenças cardíacas e a morte”.