Relatório da Convenção de Hartford

Documentos Públicos, contendo Actas da Convenção de Hartford dos Delegados . . . (Senado de Massachusetts: 1815), 3-22.

Os Delegados das Legislaturas dos Estados de Massachusetts, Connecticut, e Rhode-Island, e dos Condados de Grafton e Cheshire no Estado de New-Hampshire e do Condado de Windham no Estado de Vermont, reunidos na Convenção, pedem licença para relatar o seguinte resultado da sua conferência.

A Convenção está profundamente impressionada com a sensação da natureza árdua da comissão que foram nomeados para executar, de conceber os meios de defesa contra os perigos, e de alívio das opressões provenientes do acto do seu próprio Governo, sem violar os princípios constitucionais, ou desiludir as esperanças de um povo sofredor e ferido. Prescrever paciência e firmeza àqueles que já estão exaustos pela angústia, é por vezes levá-los ao desespero, e o progresso para a reforma pelo caminho regular, é irresistível para aqueles cujas imaginações discernem, e cujos sentimentos incitam, a um rumo mais curto. Mas quando os abusos, reduzidos ao sistema e acumulados ao longo de anos têm penetrado todos os departamentos do Governo, e espalhado a corrupção por todas as regiões do Estado; quando estes são revestidos com as formas da lei, e aplicados por um Executivo cuja vontade é a sua fonte, nenhum meio sumário de alívio pode ser aplicado sem recurso à resistência directa e aberta. Esta experiência, mesmo quando justificável, não pode deixar de ser dolorosa para o bom cidadão; e o sucesso do esforço não será nenhuma segurança contra o perigo do exemplo. Precedentes de resistência à pior administração, são avidamente aproveitados por aqueles que são naturalmente hostis aos melhores. Só a necessidade pode sancionar um recurso a esta medida; e nunca deve ser prolongada em duração ou grau para além da exigência, até que o povo, não apenas no fervor da excitação súbita, mas após plena deliberação, esteja determinado a mudar a Constituição.

É uma verdade, a não ser escondida, que um sentimento prevalece em grande medida, que a Administração deu tais construções a esse instrumento, e praticou tantos abusos sob a cor da sua autoridade, que o tempo para uma mudança está próximo. Aqueles que assim acreditam, consideram os males que os rodeiam como defeitos intrínsecos e incuráveis na Constituição. Cedem a uma persuasão, de que nenhuma mudança, em qualquer altura, ou em qualquer ocasião, pode agravar a miséria do seu país. Esta opinião pode acabar por se revelar correcta. Mas como as provas em que se baseia ainda não são conclusivas, e como as medidas adoptadas no pressuposto da sua certeza podem ser irrevogáveis, algumas considerações gerais são submetidas, na esperança de conciliar todos a um curso de moderação e firmeza, o que pode salvá-los do incidente de arrependimento a decisões súbitas, provavelmente evitar o mal, ou pelo menos assegurar o consolo e o sucesso em último recurso.

A Constituição dos Estados Unidos, sob os auspícios de uma Administração sábia e virtuosa, provou ser competente para todos os objectos de prosperidade nacional, compreendidos na opinião dos seus autores. Nenhum paralelo pode ser encontrado na história, de uma transição tão rápida como a dos Estados Unidos da América da mais baixa depressão para a mais alta felicidade – da condição de repúblicas fracas e desarticuladas, para a de uma grande, unida e próspera nação.

Embora este elevado estado de felicidade pública tenha sofrido um inverso miserável e aflitivo, através da prevalência de uma política fraca e prolixa, os males e aflições que assim foram induzidos no país não são peculiares a qualquer forma de Governo. A luxúria e o capricho do poder, a corrupção do clientelismo, a opressão dos interesses mais fracos da comunidade pelos impostos mais fortes e pesados, as despesas esbanjadoras e as guerras injustas e ruinosas, são a descendência natural das más administrações, em todas as idades e países. Era de facto de esperar que os governantes destes Estados não tivessem tanta pressa desastrosa em envolver a sua infância nos embaraços de instituições antigas e podres. No entanto, tudo isto eles fizeram; e a sua conduta exige em alto e bom som a sua desissão e vergonha. Mas tentar qualquer abuso de poder para alterar a Constituição, seria perpetuar os males da revolução. …

Finalmente, se a União estiver destinada à dissolução, devido aos abusos multiplicados de más administrações, deverá, se possível, ser obra de tempos de paz, e de consentimento deliberado. – Deveria ser substituída alguma nova forma de confederação entre esses Estados, os quais deverão ter a intenção de manter uma relação federal uns com os outros. – Os acontecimentos podem provar que as causas das nossas calamidades são profundas e permanentes. Podem ser encontrados para prosseguir, não apenas a partir da cegueira do preconceito, do orgulho de opinião, da violência do espírito partidário, ou da confusão dos tempos; mas podem ser rastreados até combinações implacáveis de indivíduos, ou de Estados, para monopolizar o poder e o cargo, e para espezinhar sem remorsos os direitos e interesses dos sectores comerciais da União. Sempre que se afigure que estas causas são radicais e permanentes, será preferível uma separação por acordo equitativo a uma aliança por constrangimento, entre amigos nominais, mas verdadeiros inimigos, inflamados pelo ódio e ciúme mútuos, e convidados por divisões intestinais, desprezo e agressão vindas do estrangeiro. Mas uma separação da União por um ou mais Estados, contra a vontade dos restantes, e especialmente em tempo de guerra, só pode ser justificada por necessidade absoluta. Estas estão entre as principais objecções contra medidas precipitadas que tendem a desunir os Estados, e quando examinadas em ligação com o discurso de despedida do Pai do seu país, devem, segundo se crê, ser consideradas conclusivas. . …

Que os actos do Congresso em violação da Constituição são absolutamente nulos, é uma posição inegável. Não consiste, contudo, no respeito e na indulgência devidos por um Estado confederado em relação ao Governo Geral, em voar para abrir resistência em cada infracção da Constituição. O modo e a energia da oposição, devem estar sempre em conformidade com a natureza da violação, a intenção dos seus autores, a extensão do prejuízo infligido, a determinação manifestada em persistir na mesma, e o perigo de atraso. Mas em casos de infracções deliberadas, perigosas e palpáveis da Constituição, que afectem a soberania de um Estado, e as liberdades do povo; não é apenas o direito mas o dever de tal Estado interpor a sua autoridade para a sua protecção, da forma melhor calculada para garantir esse fim. Quando ocorrem emergências, que estão fora do alcance dos tribunais judiciais, ou demasiado urgentes para admitir o incidente do atraso nas suas formas, os Estados, que não têm árbitro comum, devem ser os seus próprios juízes, e executar as suas próprias decisões. Assim, será adequado que os vários Estados aguardem a disposição final das medidas odiosas, recomendadas pelo Secretário de Guerra, ou pendentes no Congresso, e assim utilizem o seu poder de acordo com o carácter que estas medidas devem finalmente assumir, como efectivas para proteger a sua própria soberania, e os direitos e liberdades dos seus cidadãos. . . .

O último inquérito, qual o curso de conduta a adoptar pelos Estados lesados, é de elevado grau de importância. Quando um grande e corajoso povo se sente abandonado pelo seu Governo, e reduzido à necessidade quer de se submeter a um inimigo estrangeiro, quer de se apropriar do seu próprio uso, daqueles meios de defesa indispensáveis à autopreservação, não pode consentir esperar que os espectadores passivos se aproximem da ruína, que está ao seu alcance para evitar, e renunciar ao último remanescente dos seus ganhos industriais, para serem dissipados em apoio de medidas destrutivas dos melhores interesses da nação.

Esta Convenção não confiará em si própria para expressar a sua convicção da catástrofe a que tal estado de coisas tende inevitavelmente. Conscientes da sua elevada responsabilidade para com Deus e o seu país, solícitos da continuação da União, bem como da soberania dos Estados, pouco dispostos a fornecer obstáculos à paz – decididos a nunca se submeterem a um inimigo estrangeiro, e confiando no cuidado e protecção Divinos, esforçar-se-ão, até que a última esperança se extinga, por evitar tais consequências. …

o dever que recai sobre esta Convenção não terá sido cumprido, sem exibir alguma visão geral de tais medidas que consideram essenciais para assegurar a nação contra uma recaída em dificuldades e perigos, caso eles, pela bênção da Providência, escapem da sua condição actual, sem ruína absoluta. …

Para investigar e explicar os meios pelos quais este revés fatal foi efectuado, seria necessária uma discussão volumosa. Nada mais pode ser tentado neste Relatório, do que uma alusão geral aos principais contornos da política que produziu esta vicissitude. Entre estes pode ser enumerado

First. – Um sistema deliberado e extensivo para efectuar uma combinação entre certos estados, através de ciúmes e ambição locais excitantes, de modo a assegurar aos líderes populares de uma secção da União, o controlo dos assuntos públicos em sucessão perpétua. A que objecto principal a maioria das outras características do sistema podem ser reconciliadas.

p>Segundamente. – A intolerância política manifestada e declarada, ao excluir do cargo homens de méritos inexplicáveis, por falta de adesão ao credo executivo.

Terceiramente. – A infracção da autoridade e dos direitos judiciais, ao privar os juízes dos seus cargos em violação da Constituição.

Quatro vezes. – A abolição dos impostos existentes, necessários para preparar o País para as mudanças a que as nações estão sempre expostas, com vista à aquisição de favores populares.

Quinto. – A influência do mecenato na distribuição dos escritórios, que nestes Estados tem sido quase invariavelmente feita entre os homens com menos direito a tal distinção, e que se venderam como instrumentos prontos para distrair a opinião pública, e encorajando a administração a desprezar os desejos e as recordações de um povo assim aparentemente dividido.

Sixthly. – A admissão de novos Estados na União, formados por prazer na região ocidental, destruiu o equilíbrio de poder que existia entre os Estados originais, e afectou profundamente o seu interesse.

Seventhly. – A fácil admissão de estrangeiros naturalizados, em lugares de confiança, honra ou lucro, funcionando como um incentivo aos súbditos descontentes do velho mundo para virem a estes Estados, em busca de patrocínio executivo, e para o reembolsarem através de uma devoção abjecta a medidas executivas.

Oitavo. – Hostilidade para com a Grã-Bretanha, e parcialidade para com o falecido governo da França, adoptada como coincidente com o preconceito popular, e subserviente ao objecto principal, o poder partidário. Relacionadas com estas devem ser classificadas como estimativas erradas e distorcidas do poder e dos recursos dessas nações, dos resultados prováveis das suas controvérsias, e das nossas relações políticas com elas, respectivamente.

P>Leste e principalmente. – Uma teoria visionária e superficial em relação ao comércio, acompanhada de um verdadeiro ódio mas de uma falsa consideração pelos seus interesses, e uma perseverança ruinosa nos esforços para a tornar num instrumento de coerção e guerra.

Mas não é concebível que a obliquidade de qualquer administração pudesse, num período tão curto, ter quase consumado a obra da ruína nacional, a menos que favorecida por defeitos na Constituição.

Enumerar todas as melhorias de que esse instrumento é susceptível, e propor as emendas que o possam tornar perfeito em todos os aspectos, seria uma tarefa, que esta Convenção não pensou ser apropriada para assumir. – Limitaram a sua atenção a tais como a experiência demonstrou ser essencial, e mesmo entre estas, algumas são consideradas como tendo direito a uma atenção mais séria do que outras. São sugeridos sem qualquer desrespeito intencional por outros Estados, e destinam-se a ser tais que todos devem encontrar interesse em promover. O seu objectivo é reforçar, e se possível perpetuar, a União dos Estados, eliminando os motivos de inveja existentes, e prevendo uma representação justa e igualitária e uma limitação de poderes, que foram indevidamente utilizados.

A primeira alteração proposta, diz respeito à repartição dos Representantes entre os Estados detentores de escravos. Isto não pode ser reivindicado como um direito. Estes Estados têm direito à representação dos escravos, através de um pacto constitucional. Por conseguinte, é apenas um objecto de acordo, que deve ser conduzido com base em princípios de interesse mútuo e de acomodação, e sobre o qual não deve ser permitida a existência de qualquer sensibilidade de ambos os lados. O seu funcionamento tem-se revelado injusto e desigual. . . .

A próxima alteração diz respeito à admissão de novos Estados na união.

. . . O objectivo é apenas restringir o poder constitucional do Congresso na admissão de novos Estados. Aquando da adopção da Constituição, considerou-se existir um certo equilíbrio de poder entre os partidos originais, e havia nessa altura, e no entanto existe entre esses partidos, uma forte afinidade entre os seus grandes interesses e os interesses gerais. – Pela admissão destes Estados esse equilíbrio foi materialmente afectado, e a menos que a prática seja modificada, deve ser finalmente destruída. …

As próximas emendas propostas pela Convenção, referem-se aos poderes do Congresso, em relação ao Embargo e à interdição do comércio.

Sejam quais forem as teorias sobre o tema do comércio, que até agora dividiram as opiniões dos estadistas, a experiência demonstrou finalmente que se trata de um interesse vital nos Estados Unidos, e que o seu sucesso é essencial para o encorajamento da agricultura e dos fabricantes, e para a riqueza, finanças, defesa, e liberdade da nação. O seu bem-estar nunca pode interferir com os outros grandes interesses do Estado, mas deve promovê-los e defendê-los. Mesmo assim, aqueles que estão imediatamente preocupados com a prossecução do comércio, serão necessariamente uma minoria da nação.

. . são totalmente incapazes de se protegerem contra as decisões súbitas e injudiciosas das maiorias nuas, e contra os projectos errados ou opressivos daqueles que não estão activamente preocupados com a sua prossecução. Consequentemente, este interesse é sempre exposto a ser assediado, interrompido, e inteiramente destruído, sob o pretexto de assegurar outros interesses. Se os comerciantes desta nação tivessem sido autorizados, pelo seu próprio governo, a perseguir um comércio inocente e legal, quão diferente teria sido o estado do tesouro e do crédito público! . . . Nenhuma união pode ser cimentada de forma duradoura, em que cada grande interesse não se encontre razoavelmente seguro contra a invasão e combinações de outros interesses. Quando, portanto, o anterior sistema de embargos e restrições comerciais tiver sido revisto . . . a razoabilidade de algumas restrições ao poder de uma maioria nua para repetir estas opressões, parecerá óbvia.

A próxima emenda propõe restringir o poder de fazer guerra ofensiva. Na consideração desta emenda, não é necessário inquirir sobre a justiça da guerra actual. Mas existe agora um sentimento em relação à sua oportunidade, e o pesar pela sua declaração é quase universal. . . . Neste caso, como no primeiro, aqueles mais imediatamente expostos aos seus efeitos fatais são uma minoria da nação. As cidades comerciais, as margens dos nossos mares e rios, contêm a população, cujos interesses vitais são mais vulneráveis por um inimigo estrangeiro. A agricultura, de facto, deve finalmente sentir-se, mas este apelo à sua sensibilidade chega demasiado tarde. Mais uma vez, a imensa população que invadiu o Ocidente, afastada do perigo imediato, e que está constantemente a aumentar, não será avesso às perturbações ocasionais dos Estados atlânticos. Assim, o interesse pode, não raramente, combinar com paixão e intriga, para mergulhar a nação em guerras desnecessárias, e obrigá-la a tornar-se um povo militar, em vez de um povo feliz e próspero. Estas considerações, que seria fácil aumentar, apelam em voz alta à limitação proposta na emenda.

Outra emenda, subordinada em importância, mas ainda num elevado grau de conveniência, diz respeito à exclusão dos estrangeiros, doravante chegados aos Estados Unidos, da capacidade de exercer cargos de confiança, honra ou lucro.

. . hy admite a participação no governo de estrangeiros que não foram partes do pacto – que ignoram a natureza das nossas instituições, e não têm qualquer interesse no bem-estar do país, mas o que é recente e transitório? É certamente um privilégio suficiente, admiti-los após a devida liberdade condicional para se tornarem cidadãos, para todos os fins, excepto para fins políticos. …

A última emenda respeita a limitação do cargo de Presidente, a um único mandato constitucional, e a sua elegibilidade do mesmo Estado dois mandatos sucessivos.

Apontando a este tópico, é supérfluo dilatar. O amor ao poder é um princípio no coração humano que, demasiadas vezes, impele à utilização de todos os meios praticáveis para prolongar a sua duração. O cargo de Presidente tem encantos e atracções que funcionam como poderosos incentivos a esta paixão. O primeiro e mais natural esforço de um vasto patrocínio é dirigido para a segurança de uma nova eleição. O interesse do país, o bem-estar do povo, mesmo a fama honesta e o respeito pela opinião da posteridade, são considerações secundárias. Todos os motores da intriga; todos os meios de corrupção, são susceptíveis de ser utilizados para este objecto. Um Presidente cuja carreira política se limite a uma única eleição, pode não encontrar outro interesse que não seja o de ser promovido, tornando-o glorioso para si próprio, e benéfico para o seu país. Mas a esperança de reeleição é prolífica de tentações, sob as quais estes magnânimos motivos são privados da sua força principal. …

Esta é a visão geral que esta Convenção julgou adequada para apresentar, da situação destes Estados, dos seus perigos e dos seus deveres. . . . A peculiar dificuldade e delicadeza de actuar, mesmo este empreendimento, será apreciada por todos os que pensam seriamente sobre a crise. As negociações para a Paz, supostamente, estão a esta hora pendentes, cuja questão deve ser profundamente interessante para todos. Nenhuma medida deve ser adoptada, que possa afectar desfavoravelmente esta questão; nenhuma que deva envergonhar a Administração, se o seu desejo declarado de paz for sincero; e nenhuma, que em suposição da sua insinceridade, deva dar-lhes pretextos para prolongar a guerra, ou para se libertarem da responsabilidade de uma paz desonrosa. Também é devotamente desejável, que se proporcione uma ocasião a todos os amigos do país, de todas as partes, e em todos os lugares, para parar e considerar o estado terrível para o qual os conselhos perniciosos, e as paixões cegas, trouxeram este povo. O número daqueles que percebem, e que estão prontos a retraçar os erros, deve ainda ser considerado suficiente para redimir a nação. É necessário reuni-los e uni-los pela garantia de que nenhuma hostilidade à Constituição é meditada, e obter a sua ajuda, ao colocá-la sob tutela, que só ela pode salvá-la da destruição. Se esta feliz mudança se concretizar, a esperança de felicidade e honra pode mais uma vez dissipar a tristeza que a rodeia. A nossa nação pode ainda ser grande, a nossa união duradoura. Mas se esta perspectiva for totalmente desesperada, o tempo não terá sido perdido, o que terá amadurecido um sentimento geral da necessidade de esforços mais poderosos para salvar da ruína, pelo menos alguma parte do nosso amado País.

THEREFORE RESOLVED –

. . . Resolvido, Que as seguintes emendas da Constituição dos Estados Unidos da América, sejam recomendadas aos Estados representados como acima referido, a serem por eles propostas para adopção pelas Legislaturas dos Estados, e, nos casos que possam ser considerados oportunos, por uma Convenção escolhida pelo povo de cada Estado.

E é ainda recomendado, que os referidos Estados perseverem nos seus esforços para obter tais emendas, até que as mesmas sejam efectuadas.

P>Primeiro. Os representantes e os impostos directos serão repartidos entre os vários Estados que podem ser incluídos nesta união, de acordo com o respectivo número de pessoas livres, incluindo as que têm de servir durante um período de anos e excluindo os índios não tributados, e todas as outras pessoas.

Segundo. Nenhum novo Estado poderá ser admitido na união pelo Congresso em virtude do poder concedido pela Constituição, sem o concurso de dois terços de ambas as Casas.

Terceiro. O Congresso não terá poder para impor qualquer embargo aos navios ou embarcações dos cidadãos dos Estados Unidos, nos portos ou portos dos Estados Unidos, durante mais de sessenta dias.

Quatro. O Congresso não terá poder, sem o concurso de dois terços de ambas as Casas, para interditar as relações comerciais entre os Estados Unidos e qualquer nação estrangeira ou as suas dependências.

Quinto. O Congresso não poderá fazer ou declarar guerra, ou autorizar actos de hostilidade contra qualquer nação estrangeira sem a concordância de dois terços de ambas as Casas, excepto se tais actos de hostilidade forem em defesa dos territórios dos Estados Unidos quando efectivamente invadidos.

Sixth. Nenhuma pessoa que doravante seja naturalizada, será elegível como membro do Senado ou da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, nem capaz de exercer qualquer cargo civil sob a autoridade dos Estados Unidos.

Seventh. A mesma pessoa não será eleita Presidente dos Estados Unidos uma segunda vez; nem o Presidente será eleito do mesmo estado dois mandatos sucessivos.

Resolvido. Que se a aplicação destes Estados ao governo dos Estados Unidos, recomendada numa Resolução precedente, não for bem sucedida, e a paz não for concluída, e a defesa destes Estados for negligenciada, como tem sido desde o início da guerra, será conveniente, na opinião desta Convenção, que as Assembleias Legislativas dos vários Estados nomeiem Delegados a outra Convenção, para se reunirem em Boston, no Estado de Massachusetts, na terceira quinta-feira de Junho próximo, com os poderes e instruções que a exigência de uma crise tão importante possa exigir. . . .

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